Ochroma piramidale - Sementes de árvore Balsa

Descrição

O principal uso é a madeira, muito utilizada na construção de barcos e jangadas, na fabricação de bóias salva-vidas, brinquedos, isolantes térmicos, forros de teto, caixas de luz e também na fabricação de celulose. A madeira pode substituir a cortiça nas suas múltiplas aplicações. O envoltório de sementes é usado para encher colchões e travesseiros. Devido às suas altas taxas de crescimento e resistência à luz direta, a espécie é recomendada para a recuperação de áreas degradadas e melhorias do solo. Também é utilizada em sistemas pastoris, pois é plantada em pastagens para dar sombra ao gado, porém, não é uma prática recomendada, se houver também a intenção de explorar a madeira, pois os animais causam diversos danos ao caule. A espécie também é utilizada como ornamental, pela beleza e crescimento rápido.

A árvore tem vida curta, cresce rápido e pode atingir a copa da floresta, de 20 a 25 m de altura e até 1,2 m de diâmetro. A casca é lisa, mas lenticulada e com estrias lineares, de cor clara, às vezes marrom ou cinza-acinzentada e com manchas esbranquiçadas e até 1 cm de espessura. A copa é aberta e larga, podendo atingir até 18 m de diâmetro. As folhas são simples, alternadas e dispostas em espiral, possuem pecíolo longo e 5 a 7 nervuras principais. O ápice da folha é arredondado ou subagudo e a base cordiforme. As flores são solitárias, vistosas, aromáticas, com 10-15 cm de largura e 7-9 cm de diâmetro e sustentadas por pedúnculos largos e grossos. O fruto é uma cápsula loculicida lenhosa, quase cilíndrica, de 10 a 25 cm de comprimento e 2 a 3 cm, excepcionalmente 5 cm de diâmetro, marrom avermelhado a ferrugem e de coloração pubescente. A deiscência locular ocorre através de cinco valvas longitudinais. Os frutos têm um alto
número de sementes circundadas por uma mancha sedosa marrom-clara ou amarelada. As sementes são ovóides, mas com a extremidade acuminada, de coloração marrom-escura, com 2 a 5 mm de comprimento e 1,5 mm de diâmetro; fortemente aderida ao vaso, o que auxilia na dispersão das sementes. O endosperma é abundante e o embrião é reto.

O bálsamo é amplamente distribuído na zona neotropical, incluindo as Antilhas, e ocorre desde o sul do México até a Bolívia e a Amazônia brasileira; preferencialmente em planícies e vales montanhosos, mas também podem ser encontrados até 2000 m de altitude. Cresce relativamente bem em solo arenoso com camada orgânica fina, como em margens alagadas de rios e córregos, mas prefere solos férteis, úmidos, bem drenados, argilosos, neutros ou alcalinos. Não tolera solos de alta salinidade. As flores são polinizadas por insetos noturnos e as sementes são espalhadas pelo vento. As sementes podem permanecer adormecidas por muito tempo, compondo o banco de sementes da floresta. Germinam abundantemente quando as condições de luz, temperatura e umidade são favoráveis. Em clareiras florestais, campos abandonados ou solos aluviais recentes, ocorre boa regeneração natural e muitas vezes a espécie é classificada como invasora ou associada a florestas secundárias.