Métodos de quebra do sono

- dormência tegumentar ou exógena

a) Escarificação ácida
As sementes são imersas em ácido sulfúrico por um certo tempo, que varia de acordo com a espécie, a uma temperatura entre 19ºC e 25ºC, depois lavadas em água corrente e colocadas para germinar.

b) Imersão em água
Imersão em água quente: A imersão em água quente é uma forma eficiente de superar a dormência das sementes de algumas espécies florestais. A água é aquecida a uma temperatura inicial variável entre as espécies onde as sementes são imersas e permanecem por um período de tempo variável de acordo com cada espécie;
Imersão em água fria: sementes de algumas espécies têm dificuldades para germinar sem ficarem dormentes. A simples imersão das sementes em água à temperatura ambiente (25ºC) por 24 horas elimina o problema, que geralmente decorre de longos períodos de armazenamento, o que faz com que as sementes sequem demais, impedindo que absorvam água e iniciem o processo. processo germinativo.

c) Escarificação mecânica
Este método tem se mostrado muito eficaz na superação da dormência de algumas espécies florestais, principalmente leguminosas. O procedimento consiste basicamente em submeter as sementes à abrasão, por meio de cilindros rotativos, revestidos internamente com lixa que desgastará o tegumento, proporcionando condições para que este absorva água e inicie o processo de germinação;

Para obter resultados positivos na utilização do processo, alguns cuidados são necessários, como o tempo de exposição das sementes à escarificação e a pureza do lote, pois sementes com impurezas comprometem a eficiência do tratamento.
Dormência embrionária ou endógena

a) Estratificação a frio As sementes de algumas espécies florestais possuem embriões imaturos, que não germinam em condições ambientais favoráveis, necessitando de estratificação para completar seu desenvolvimento. Para a estratificação, o meio em que as sementes serão colocadas deve ter boa retenção de umidade e estar livre de fungos. Normalmente, areia bem lavada com grãos em torno de 2,0 mm de diâmetro (média) é usada para facilitar a separação das sementes por peneiramento.
O recipiente no qual o meio será colocado deve permitir uma boa drenagem evitando o acúmulo de água no fundo que faz com que as sementes apodreçam.
A temperatura necessária para a estratificação a frio está entre 2oC e 4oC, que pode ser obtida em geladeira ou câmara fria. As sementes são colocadas entre duas camadas de areia de 5 cm de espessura. O período de estratificação varia de 15 dias para algumas espécies a 6 meses para outras. Terminado o período de estratificação, as sementes devem ser semeadas imediatamente, pois se estiverem secas podem ser induzidas à dormência secundária.

b) Estratificação a quente e a frio
O amadurecimento dos frutos de algumas espécies ocorre no final do verão e início do outono, com temperaturas ambientes mais baixas. A estratificação quente e fria visa reproduzir as condições ambientais que ocorreram durante o amadurecimento dos frutos.

O procedimento é exatamente o mesmo descrito para a estratificação a frio, alterando-se altas temperaturas (25ºC por 16 horas e 15ºC por 8 horas) em um período e baixas temperaturas (2ºC a 4ºC) em outro período.

Dormência combinada

Algumas espécies apresentam sementes com dormência tegumentar e embrionária. Nesses casos, a semente é inicialmente submetida ao tratamento para superação da dormência tegumentar e, posteriormente, para superação da dormência embrionária. Em alguns casos, apenas a estratificação a frio é suficiente para superar ambos.
 
Fonte: Embrapa

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